Com o mosquito Aedes aegypti sobrevoando muitas cidades, as grávidas têm preocupações extras. Além da Dengue, a Zika é algo que se deve evitar, principalmente devido aos casos de microcefalia. Por isso, uma dúvida comum é sobre repelente para gestante.
Afinal, será que grávidas podem usar repelentes? E quais os produtos mais e menos indicados? Se você compartilha dessas dúvidas e deseja se proteger contra insetos e as doenças causadas por eles, siga conosco!
Repelente para gestante: grávidas podem usar?
Sim, as grávidas podem usar repelente. Porém, é preciso atenção à sua formulação. De modo geral, os repelentes mais indicados para gestantes são aqueles à base de Icaridina, que têm alta efetividade e longo tempo de duração. Ou seja, você poderá aplicá-lo apenas uma vez ao dia.
A Icaridina se apresenta na concentração de 20 a 25% nos repelentes nacionais e é o princípio ativo do Exposis – o repelente mais indicado pelos obstetras, por ser bastante eficiente e ter elevada duração de proteção contra os insetos (cerca de 10 horas).
Além desse, existem outros produtos disponíveis no Brasil, à base de:
DEET
Mais comum e mais fácil de ser encontrado. É a base de repelentes como: OFF, Autan, Repelex etc. É um produto bem eficiente, porém a duração depende da concentração do DEET.
A Anvisa apenas autoriza repelentes com concentração máxima de 15% de DEET, o que significa uma proteção de até 6 horas. As apresentações infantis têm concentrações menores e duram de 2 a 4 horas, necessitando várias reaplicações, por isso são menos indicados para adultos.
As gestantes podem usar os repelentes à base de DEET, porque apresentam uma baixa absorção sistêmica, mas é importante optar pela versão adulto, evitando ter de reaplicar o repelente continuamente.
IR3535
Esse princípio ativo é bastante seguro e também está presente em repelentes infantis, como a loção antimosquito da Johnson’s, indicado para crianças de 6 meses a até 2 anos.
O ponto negativo é que o seu tempo de duração é curto, variando entre 2 a 4 horas, dependendo da concentração. O que significa que a grávida precisará reaplicar o produto várias vezes ao longo do dia.
Repelentes naturais
A maior parte dos repelentes naturais são produzidos a base de andiroba, óleo de cravo e citronela. Ambos têm uma evaporação muito rápida, portanto o tempo de proteção desses produtos é muito curto, em torno de 10 a 20 minutos. Por isso não são considerados repelentes para gestantes seguros e nem indicados.
Onde passar repelente grávida?
O efeito dos repelentes ocorre graças ao “efeito nuvem”. Ou seja, após aplicar o produto, o repelente evapora e forma uma espécie de nuvem em torno de 4 centímetros ao redor da pele da pessoa, o que repele o inseto.
Por isso, é contraindicado usar o repelente por baixo das roupas. Ele deve ser aplicado por cima dos tecidos e apenas na pele exposta, como nas pernas, nos braços, no colo e nos pés.
É por isso que o repelente para gestantes deve ser o último produto a ser aplicado. Primeiro você deve usar os hidratantes, filtro solares e a maquiagem e, por fim, o repelente, por cima de tudo.
Outra dica é não aplicar o repelente para gestantes próximo de olhos, nariz e boca, porque, independentemente da sua formulação, é possível que ele acabe irritando as mucosas. E, claro, sempre respeite o intervalo de reaplicação do produto, sem ultrapassar o limite de 3 vezes ao dia.
Quais outras medidas para afastar os insetos e mosquitos?
Além do repelente em spray, você pode usar outras opções para manter os insetos distantes. Uma opção são os repelentes ambientais (encontrados na forma de espirais, líquidos e pastilhas de aparelhos elétricos) e os inseticidas.
Esses produtos também podem ser usados pelas grávidas, desde que sejam aprovados pela Anvisa e você cumpra com as recomendações dos fabricantes.
Os inseticidas naturais à base de citronela, óleo de cravo e andiroba não possuem comprovação de eficácia. Em geral, eles são comercializados em forma de velas, limpadores, incensos e desodorizantes de ambientes – e não devem ser usados para espantar os mosquitos, já que não há como comprovar que eles realmente consigam cumprir essa função.
Além desses produtos, outras dicas são essenciais como:
- eliminar os focos de mosquito, como água parada em vasos, pneus, calhas etc.;
- optar por roupas claras quando for a algum lugar que têm mosquitos, porque as cores escuras costumam chamar a atenção dos insetos;
- evitar perfumes florais e adocicados que tendem a atrair os mosquitos;
- usar telas e mosquiteiros em portas e janelas e também na cama;
- não viajar para locais endêmicos com surtos de doenças como dengue, zika, febre amarela e outras.
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